Atividades

Curso

Deixa eu tocar meu tamborim
— o samba e o cinema brasileiro moderno

Ewerton Belico
29/05 (sábado)
e 30/05 (domingo)
de 15h às 18h
O curso Deixa eu tocar meu tamborim pretende construir uma das narrativas possíveis sobre as relações do cinema brasileiro moderno com o samba, em especial a partir de uma tradição artística engajada que se inaugura nos debates que emergem do CPC/UNE — Centro Popular de Cultura — , assim como das fissuras e rupturas que se constituíram a partir desse marco, até a o começo dos anos 2000.  O curso é composto de dois encontros, com dois dos módulos elencados sendo discutido por encontro: o primeiro deles, apresentando os debates do CPC em sua relação com as discussões sobre a cultura popular, assim como as participações de realizadores engajados nos mesmos; em seguida, tomando como ponto de partida o tropicalismo, a mudança de ênfase que o mesmo apresenta nas relações com o popular e suas articulações com a cultura de massas. No segundo encontro discutiremos, tomando como baliza as mudanças representadas pela renovada compreensão do modernismo brasileiro e pela emergência do MNU — Movimento Negro Unificado —, as mudanças nas figurações audiovisuais da tradição e da ancestralidade do samba e das demais expressões musicais afrodiaspóricas. O percurso esboçado em Deixa eu tocar meu tamborim se encerra no começo dos anos 2000, na antecâmara da profunda renovação do documentário musical brasileiro em associação com as televisões fechadas e educativas. Os participantes do curso receberão ainda o link para uma pasta com os textos que serão mencionados na discussão.
Ewerton Belico é diretor, roteirista, curador e professor. Integra a Associação Filmes de Quintal, que promove o forumdoc.bh - Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte. Foi coroteirista do longa-metragem Subybaya, dirigido por Leo Pyrata, lançado na XX Mostra de Tiradentes. Corroteirizou e codirigiu o longa-metragem Baixo Centro, vencedor da XXI Mostra de Tiradentes.
inscrições encerradas

Masterclasses

O trabalho da mon­tagem: escrituras e percepções

Cristina Amaral
05/06 (sábado)
de 15h às 17h
Neste encontro, a montadora Cristina Amaral propõe compartilhar questionamentos e pensamentos acerca da montagem cinematográfica, refletindo sobre escolhas e processos de criação que imprimiram marcas no seu percurso. Para tal, servirão como base trechos de filmes em que trabalhou, tais como Serras da desordem (2006), Já visto, jamais visto (2013), Um filme de verão (2019), entre outros.
Formada em Cinema pela ECA-USP, assinou a montagem de filmes de diretores como Carlos Reichenbach (entre eles Alma corsária e Falsa loura), Edgard Navarro e Andrea Tonacci (Paixões e Serras da Desordem, entre outros). Com Tonacci, coordenou a produtora Extrema Produção Artística. Mais recentemente, tem feito trabalhos ao lado de jovens realizadores como Adirley Queiroz, Joana Pimenta, Djin Sganzerla e Jo Serfaty.
inscrições encerradas

Uma obra (permanentemente) em obras

Ricardo Aleixo
08/06 (terça)
de 18h às 20h
Numa cruza de memórias da sua trajetória no campo das poéticas intermídia e a reflexão acerca do contexto artístico brasileiro e mundial, Ricardo Aleixo discorre sobre o seu processo criativo. Desde o início – no final da década de 1970 – baseada na experimentação técnico-formal tomada enquanto uma premissa ética e política e na relativização da suposta fronteira entre as áreas artísticas, a “obra (permanentemente) em obras” de Aleixo deve respostas tanto ao repertório das vanguardas do século XX quanto ao legado vivo das culturas africanas recriadas no Brasil e em toda a afro-diáspora. Ao longo de sua exposição, o artista exibirá e comentará alguns de seus trabalhos mais relevantes.
Belo-horizontino de 1960, Ricardo Aleixo é poeta, artista visual e sonoro, performador, pesquisador das poéticas da voz e do corpo, cantor, compositor, ensaísta e editor. Publicou, entre outros, os livros “Pesado demais para a ventania”, “Antiboi” e “Modelos vivos”. Tem participado de exposições coletivas, como Poiesis: Poema entre pixel e programa (RJ, 2007), Radiovisual – Em torno de 4’33” (Bienal do Mercosul, Porto Alegre, 2009) e Poética Expositiva (RJ, 2011). É curador do festival ZIP/Zona de Invenção Poesia&. Edita a revista Roda – Arte e Cultura do Atlântico Negro e a Coleção Elixir, de plaquetes tipográficas. Desenvolve seus projetos de criação e pesquisa no LIRA/Laboratório Interartes Ricardo Aleixo e no KORA/Kombo Roda Afrotópica, ambos localizados no bairro Campo Alegre, região Norte de Belo Horizonte.
inscrições encerradas

Debates

Sessão Diários pretos

28/05 (sexta)
19h
“Existe um certo cinema brasileiro hoje que brota de um parto doloroso e prazeroso de palavras, imagens, sons e ideias que reafirmam a busca de pessoas pretas por plenitude diante do caos. São, no caso específico desta mostra, filmes em primeira pessoa, diários pretos escritos por câmeras das mais diversas, algumas delas virtuais (...)”
— Gabriel Martins
Realizadores desta sessão
Tasha e Tracie (POCO [Quarentena Video feito pelo celular]); Lucas Litrento (Círculos); Bruno Ribeiro (Gargaú); Letícia Batista (2704Km); Barbara Carmo (Vander); Edna Toledo (Edna).
Assista o debate

Sessão Sonoridade

02/06 (quarta)
19h
“O vácuo, tem sido classificado pela física mecânica como uma região onde não há presença de matéria. Dizendo sobre nossa espécie, o som é uma força inquestionavelmente relacionada com nossos corpos, o som nos move em todas as nossas possibilidades de existência: física, alma, espiritual, emocional, cognitiva. O som, é uma sensação auditiva produzida pela vibração dessa força. (...)”
— Castiel Vitorino Brasileiro
Realizadores desta sessão
Assaggi Piá (Meu nome, minha ancestralidade); Larissa Nepomuceno (Seremos ouvidas); Blackyva (Patfudyda); Yhuri Cruz (O Túmulo da Terra); Ode (Notes on Travecacceleration).
Assista o debate

Sessão Crescer no cinema

03/06 (quinta)
19h
"Um dos motivos da devoção da velha cinefilia pelo cinema mudo é a busca pelo olhar imediato para as coisas. (...) Talvez esteja aí, uma das maiores marcas da alienação imposta pelo cinema branco europeu: o olhar idealizado para a reminiscência como modelo. (...)"
— André Félix
Realizadores desta sessão
Victor Mota (Pele manchada); Evelyn Santos (Dádiva); Catapreta (Calmaria); Lucas H. Rossi dos Santos (Ser feliz no vão); Luan Manzo e Makota Kidoialê (Olhos de erê).
Assista o debate

Sessão PretEspaços

04/06 (sexta)
19h
“Como é possível saber que os objetos continuam a existir mesmo quando não os vemos/ouvimos? Em morte, e se no lugar de sair do corpo, a alma encolher até desaparecer dentro dele? Não conseguir se comunicar e ficar presa em seus pensamentos pode ser outra forma dessa desaparição diminutiva? (...)”
— Kênia Freitas
Realizadores desta sessão
Vitória Liz (Cool for the summer); Rafael Luan (Banzo); Márcio Cruz (Blackness = Time ÷ Media = ∞); Beatriz Vilela e Marcus José (Subsidência); Vinícius Silva (00:17:35, ZL); Grenda Costa (Incêndio).
Assista o debate

Sessão ]in[filtr]a]ções]

09/06 (quarta)
19h
“(...) o cinema, em todos os filmes aqui mencionados, não se apresenta como uma arte pronta, mas a (re)articula e, ou a adiciona camadas - sons, performances, poesia, feitura de objetos, grafite, pintura, e fotografia - rumo a uma poÉtica negra que anuncia uma gama de possibilidades de movimentos de [in[filtr]a]ções] e des(continuida(des nas imagens pré existententes no mundo como está dado.”
— Charlene Bicalho
Realizadores desta sessão
Ed Borges (Desguardar); Fabinho Santinho (Di cumê, trabalhar e rezar); Ricardo Aleixo (des(continuida(des#1); Juciara Áwô, Luana Arah e Mariana Maia (CoroAção); Stanley Albano (Morde & Assopra).
Assista o debate

Seminário

2 Gumes

Cristina Amaral
17/05/2021
15h

2 Gumes

Cristina Amaral
17/05/2021
15h
Uma das etapas da realização de um filme implica em sua projeção a um espectador, mas é uma comunicação de mão dupla. O olhar do espectador devolve à tela uma compreensão e um sentimento que são únicos e é essa troca que confere um sentido maior e inesperado, que vai se tornar coletivo com a soma de todos esses olhares. E é essa arte, profundamente pessoal e coletiva que vai construir um mosaico do que seria, ou poderia ser uma Humanidade.
acesse o site do seminário
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